Se você acompanha o mundo da tecnologia e inovação, já deve ter percebido que a inteligência artificial (IA) está em todos os lugares — nas notícias, nas conversas dos líderes e, claro, nas estratégias corporativas. Mas a grande questão que muitas empresas enfrentam hoje não é apenas sobre o que a IA pode fazer, mas quem vai operacionalizar essa transformação tecnológica.
Estudos recentes, como o publicado pela Exame, mostram que 53% das empresas brasileiras estão sentindo na pele a falta de profissionais capacitados em IA, um gargalo que está impactando diretamente a inovação e a transformação digital.
Por que isso acontece?
A resposta está na velocidade da evolução tecnológica, que não tem dado tréguas. Novos algoritmos, ferramentas e aplicações surgem a cada mês, exigindo competências que vão além do conhecimento técnico tradicional. Especialistas em machine learning, ciência de dados, e integração entre IA e processos de negócios passam a ser peças-chave para o sucesso das iniciativas.
Além disso, a escassez não é só de talentos com currículo de doutorado; o mercado também busca profissionais que compreendam como a IA pode transformar a operação, o modelo de negócio e a experiência do cliente. Isso exige uma visão multidisciplinar, que envolve habilidades técnicas, estratégicas e humanas.
Como essa lacuna afeta as empresas?
Sem pessoas qualificadas, a adoção efetiva da IA fica no campo das intenções e projetos pontuais, nunca avançando para a escala e integração plena nos processos organizacionais. É o que mostram os dados do Brasil: apenas 7,9% das empresas adotaram IA totalmente em suas operações, enquanto 30% sequer começaram o processo.
Outro ponto crítico são os investimentos. Uma pesquisa recente indica que 61% das companhias reduziram gastos em IA por desconfiança na tecnologia e pela dificuldade em ver resultados concretos, algo que está diretamente ligado à falta de expertise interna para conduzir projetos com qualidade.
Quais estratégias as empresas podem adotar para superar esse desafio?
- Investir em formação interna: criar programas de capacitação e parcerias com universidades, aceleradoras e instituições de ensino que estejam alinhadas às demandas atuais do mercado de IA.
- Repensar modelos de contratação: não buscar apenas especialistas técnicos, mas profissionais que consigam conectar IA à estratégia de negócio e entendam os impactos nas áreas comerciais, operacionais e de experiência do cliente.
- Construir times multidisciplinares: integrar talentos das áreas de TI, inovação, marketing e negócios para fomentar um ecossistema interno que valorize a experimentação e agilidade na implantação de soluções inteligentes.
- Adotar tecnologias acessíveis: utilizar ferramentas de IA com interfaces amigáveis para que usuários de diferentes níveis possam colaborar e acelerar a transformação digital.
O lado humano da mudança
Por trás da inovação tecnológica está o ingrediente essencial: as pessoas. Lideranças precisam entender que o investimento em talento não é custo, mas sim o principal motor da diferenciação competitiva. Criar um ambiente cultural que valorize o aprendizado contínuo, a curiosidade e a colaboração será tão importante quanto os algoritmos sofisticados.
O que o futuro reserva?
À medida que mais empresas entrarem na jornada da IA, a pressão por profissionais qualificados só vai aumentar. Organizações que investirem cedo e de forma estratégica em talentos estarão à frente, conseguindo tirar do papel projetos que realmente transformem sua operação e seu mercado.
Enquanto a tecnologia avança rápido, é no preparo das pessoas que está a verdadeira revolução. E essa transformação passa por uma decisão estratégica: não apenas adotar IA, mas fazer da habilidade humana o diferencial competitivo na era da inteligência artificial.
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